• Tribune parue dans le journal Libération le 5 janvier 2012

    L’Europe, une idée en crise

    Par ALEXANDRE KATEB

    Ainsi nous y voilà. Au terme d’une valse-hésitation de sommets de la dernière chance en psychodrames politiques, l’Européen d’aujourd’hui ressemble à s’y méprendre au dernier homme annoncé par Nietzsche. Avachi sur ses avantages acquis, recroquevillé sur sa gloire passée, dissolu dans ses mœurs et incertain dans sa volonté, c’est un consommateur et un commentateur de l’Histoire bien plus qu’un acteur. Il a choisi la farce à l’épopée, le comique au tragique comme le montrent les déboires du couple Merkozy. A la base, l’apologie du bien-être allant paradoxalement de pair avec un consumérisme toujours aussi vigoureux ont pris le dessus sur l’effort et la combativité, sapant l’esprit de sacrifice nécessaire à l’édification d’une solidarité paneuropéenne. Partout, sans qu’il soit besoin de les prononcer, les maîtres mots sont la rigueur et l’austérité.

    Jadis, l’Europe inspirait le monde, portait comme un étendard sa civilisation. A la fois séduisante et arrogante, aimable et dominatrice, le vent de l’Histoire gonflait ses voiles. L’Europe était à la fois la sage Athéna et la vengeresse Minerve. Elle était l’histoire en marche avec ses vicissitudes et ses tourments, mais aussi avec cette confiance en l’avenir que même le suicide collectif de 1914-1918, l’illusion communiste et la monstruosité du nazisme n’ont pu ébranler. Chaque fois qu’elle était au bord du gouffre, l’Europe a su se réinventer. Elle a relevé avec brio le défi de la reconstruction d’après-guerre, faisant des ennemis d’hier les architectes d’une paix durable et d’une prospérité partagée. C’était le temps des De Gaulle et des Adenauer, des Schumann et des Monnet. C’était le temps où cela faisait encore sens de faire l’Europe.

    Plus qu’un territoire, l’Europe est avant tout une idée. Mais cette idée elle-même traverse aujourd’hui une crise profonde, tant il reste peu d’énergie et de conscience de soi à ces habitants de l’isthme occidental de l’Eurasie qu’on appelle les Européens. Qu’est-il advenu de cette idée, de cette belle et grande idée qui, de Platon à Hegel, a fait de l’Europe un modèle à suivre pour le monde entier ? Elle se meurt à feu lent dans un Etat-providence dégénéré en mouroir pour vieillards impotents, dans un hôtel des Invalides érigé à l’échelle d’un continent. Force est de constater qu’il n’y a plus ni hommes ni dieux à la hauteur des événements dans cette Europe alanguie, prête à se donner au plus offrant.

    Et au rythme où vont les choses, l’Europe ne sera bientôt plus qu’une banlieue de l’Esprit, incapable de se penser, de se voir autrement que dans le miroir déformant tendu par ses créanciers. Elle n’est déjà plus une puissance militaire et son influence diminue à mesure que son ambition historique se restreint. Pis encore, en l’espace de quelques mois, les dirigeants européens ont par leur pusillanimité agi en véritables fossoyeurs, manquant à plusieurs reprises de précipiter le continent dans l’abîme. Ainsi, Remus et Romulus ne sont plus que les orphelins d’une Rome qui n’est plus dans Rome, d’une Athènes en banqueroute et d’une Germanie plus égoïste que jamais. Dévorée par ses propres enfants, vidée de sa substance par des comptables sans imagination, seul un éclair de lucidité, un ultime sursaut citoyen pourra sauver l’Europe. En sommes-nous encore capables ? Comme le résumait si bien Shakespeare : «Etre, ou ne pas être, telle est la question.»


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  • Mon interview dans le journal brésilien O Globo sur le sommet de Bruxelles des 7 et 8 décembre 2011.

    Na visão do economista Alexandre Kateb, acordo muda UE e não garante euro, embora seja um caminho Terceiro
    PARIS — O economista Alexandre Kateb, conferencista do Instituto de Ciências Políticas em Paris — o Sciences-po — prevê um Reino Unido cada vez mais isolado daqui para a frente, com perdas, inclusive, para o setor que tenta preservar: a praça financeira. O acordo de Bruxelas, segundo ele, foi um avanço. Mas para salvar o euro, diz, os europeus terão que ir ainda mais fundo na integração.

    O GLOBO: O acordo de Bruxelas vai na direção certa, isto é, integração fiscal ou uma Europa federalista?

    ALEXANDRE KATEB: Não podemos ainda falar de federalismo. Temos que esperar o estabelecimento de uma verdadeira integração fiscal. Mas em termos de monitoramento de políticas orçamentárias, houve avanços importantes.

    O GLOBO: O euro está salvo com este acordo?

    KATEB: Não podemos dizer que o euro está salvo. Serão necessárias outras medidas para isso. Mas evitamos o pior. Hoje temos uma base para avançar na questão institucional, o que permite assegurar os mercados financeiros que este tipo de crise não acontecerá mais, pois haverá mais monitoramento das políticas orçamentárias dos estados. Mas o problema de financiamento da dívida soberana não foi resolvido.

    O GLOBO: Que consequências terá o isolamento do Reino Unido?

    KATEB: O Reino Unido se colocou num córner. Para preservar a competitividade de sua praça financeira, escolheu não entrar (no acordo). A decisão é insustentável no longo prazo e trará consequências. Num dado momento, pessoas vão se perguntar o que faz o Reino Unido na União Europeia (UE).

    O GLOBO: Não há nenhuma garantia, então, de que, ao ficarem de fora, os ingleses vão conseguir preservar sua praça financeira, como querem?

    KATEB: Não, porque de qualquer forma, o Reino Unido depende do comércio com a zona do euro e o resto da UE. Se recusando a aceitar os constrangimentos que devem ser feitos para obter as vantagens de uma maior integração econômica do bloco, o Reino Unido corre o risco de se isolar ainda mais nas negociações futuras. E é algo que não será positivo, inclusive para o setor financeiro. Ao recusar a regra comum, isso vai gerar tensões no futuro entre reguladores e os atores financeiros do Reino Unido.

    O GLOBO: Há risco de o Reino Unido querer sair da UE?

    KATEB: Não acho que vai se chegar a este ponto. O Reino Unido tem vantagens importantes dentro da UE. Mas estamos indo claramente na direção de uma Europa com duas velocidades. Um certo número de países vai se integrar cada vez mais. E quanto maior for esta integração, em dez a 20 anos, mais os que decidiram ficar de fora vão se isolar. Um dia, se o Reino Unido estiver em crise, quem vai ajudar?

    O GLOBO: Acabou a Europa de 27 países-membros, como anuncia o jornal "Le Monde"?

    KATEB: Sim, uma certa concepção da Europa não existe mais. Não podemos ficar no meio do caminho. Temos agora que seguir rumo à integração até o fim. A visão inglesa de uma Europa como um grande mercado acabou. Mas para os outros 26 países que aceitaram o acordo, é positivo.

    O GLOBO: Um novo tratado com 26 países será difícil de negociar? Pode levar anos?

    KATEB: Sim. Mas há medidas técnicas que podem ser negociadas sem passar pelos parlamentos nacionais, como o reforço do monitoramento da Comissão Europeia dos orçamentos nacionais e déficits. Ou ainda o reforço do mecanismo europeu de estabilidade, que vai administrar problemas de refinanciamento dos estados, e vai estar sob a autoridade do Banco Central Europeu (BCE). Não há necessidade de mudar o tratado atual para fazer isso. Se quisermos ir mais longe, os meios atuais não são suficientes para tratar do problema de dívida soberana. Agora que lançamos o processo, não vejo como voltar atrás. E, num dado momento, teremos que levantar a questão da democracia e da implicação dos parlamentos nacionais neste processo, e de um verdadeiro federalismo. Vamos nesta direção. A questão é: em quanto tempo ? Será preciso uma nova visão.

    O GLOBO: O senhor está mais otimista depois deste acordo?

    KATEB: Sim, estou. Um acordo foi aceito por 26 países. Estamos nos mexendo. Agora é preciso que haja solidariedade, além da disciplina. Se tivermos solidariedade e criarmos uma ajuda financeira importante para dar tempo a reestruturar todas as dívidas soberanas dos países em dificuldade, aí, sim, poderemos falar de um verdadeiro sucesso. Enquanto não tivermos isso, teremos ainda incertezas pela frente.


    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/agora-solidariedade-disciplina-diz-kateb-3423132#ixzz1gGJmmY25
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  • « Pays émergents : la géopolitique autrement »

    Mercredi 30 novembre 2011
    Amphithéâtre Casablanca de l’ESCA Ecole de Management


    INTERVENANTS

    • Madame Nadia LAMLILI, Rédactrice en Chef Economie et Entreprise.
    • Madame Alexandra PICHLER FONG, Specialist Senior and Leader Team of Policy Planning Unit à l’ONU.
    • Madame Bouchra BENHIDA, Professeur ESCA Ecole de Management.
    • Monsieur Alexandre KATEB, Maître de Conférence à Sciences PO Paris.
    • Monsieur Younes SLAOUI, Vice Président de l’Institut AMADEUS.
    • Monsieur Jean Marc HUISSOUD, Directeur du Centre de Recherche sur la Gouvernance et la Géopolitique à Grenoble Ecole de Management.
    • Monsieur Jawad EL KERDOUDI, Président de l’Institut Marocain des Relations Internationales.
    • Monsieur Amine DERHEM, Professeur ESCA Ecole de Management

    Modérateur :

    Monsieur Majid Kaissar EL GHAIB, Professeur ESCA Ecole de Management.

     

    PROGRAMME DU WORKSHOP

    Accueil des invités à 14h30
    15h00 – 15h10 : Mot d’ouverture par Monsieur Thami GHORFI,
    Président ESCA Ecole de Management.
    15h10 – 16h00 : Axe I - Pays émergents : Quelle logique géopolitique ?
    16h00 – 16h25 : Débat
    16h25 – 17h15 : Axe II - Emergence économique levier d’une redéfinition des règles du jeu géopolitique ?
    17h15 – 17h40 : Débat
    17h40 – 17h50 : Clôture
    17h40 – 18h00 : Cocktail


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  • Le 24 Novembre 2011 de 18:00 à 20:30 : L'AMERIQUE LATINE DANS UN MONDE EN TRANSFORMATION

    Sciences PO Alumni Affaires Internationales: Division Amérique Latine

     

    Conférence

    L'Amérique latine dans un monde en transformation.

    Jeudi 24 novembre de 18h à 20h30 au CERI

      

    Deux tables-rondes seront consacrés aux thèmes suivants

     

    - La croissance et l'intégration régionale:

    • Alain Lipietz (économiste, ancien député européen et président du groupe du Parlement européen sur la CAN)
    • Carlos Quenan (économiste et vice-président de l’Institut des Amériques) 
    • Rolando Avendano (bureau des Amériques, centre de développement de l’OCDE) 
            Modérateur : Alexandre Kateb (économiste, cabinet de conseil compétence finance).


    -  Les enjeux environnementaux:

    Julien Calas (expert biodiversité, AFD)
    Carlos Alberto Jativa Naranjo 
    (ambassadeur de l’Equateur en France) 
    Alain Lipietz 
    (économiste, ancien député européen) 
    David Dumoulin
     (IHEAL)
    Modératrice : Corinne Arnould 
    (association Paroles de Nature).

    Grand témoin : Xavier Ricard (Comité catholique contre la faim, directeur des partenariats internationaux)

     

    Information : latam@sciences-po.asso.fr

     

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  • Logo MEDAYS 2011 

    MEDAYS 2011 

    Le Sud dans la gouvernance globale

    PANEL A5 : GUERRE DES MONNAIES

    Samedi 19 novembre 2011 à Tanger

    Depuis l’effondrement du système de Bretton Woods, l’absence de cadre de fixation multilatéral des taux de change a mené à un environnement dominé par le chacun pour soi, dans lequel chaque Etat s’est retrouvé libre de poursuivre ses propres intérêts.

    L’arme monétaire est ainsi redevenue un outil privilégié d’intervention des Etats en faveur du développement commercial, en leur permettant de gonfler artificiellement leur compétitivité. L’intervention chinoise sur le renminbi, dont on estime la valeur sous-évaluée de près de 40%, a ainsi joué un rôle majeur dans le développement économique du pays par ses exportations.

    L’amplification des phénomènes de manipulation monétaire s’est traduite par une augmentation de la spéculation internationale sur les monnaies. Les pays qui refusent l’interventionnisme ont vu leurs monnaies s’envoler, avec des conséquences parfois désastreuses pour leur compétitivité.

    Par des opérations dites de carry-trade, les spéculateurs profitent des différentiels de taux d’intérêts – très faibles dans les pays développés – pour investir dans les pays en développement. Au Nigéria et dans la zone Franc, les monnaies se sont appréciées de 10% à 15% au cours des 6 derniers mois. L’appréciation a même atteint 28% dans la zone rand, faisant planer la crainte de bulles spéculatives.

    Pour les économies d’Afrique dollarisées ou arrimées au dollar – RD Congo, Zimbabwe -, l’assouplissement quantitatif américain mène au renchérissement des produits de première nécessité pour les populations les plus vulnérables.

    Plus que jamais, il est urgent pour les pays d’Afrique de s’immuniser contre les travers de la dérégulation des échanges financiers et des fluctuations monétaires. Face à l’absence de consensus sur une réforme de l’architecture financière internationale, à eux d’ouvrir la voie en proposant des solutions à l’échelle régionale.

    LES POINTS CLEFS DU DEBAT :

    • Quelles sont les conséquences du jeu monétaire des grandes puissances pour les pays du Sud ?
    • Les pays du Sud peuvent-ils se prémunir contre les fluctuations monétaires ?
    • Comment réguler l’afflux de capitaux spéculatifs sur les marchés africains ?
    • Pour un Fonds Monétaire Africain ?

    LES INTERVENANTS

    • Dr. Sanussi Lamido Sanussi, Gouverneur de la Banque Centrale du Nigéria
    • Mrs. Scheila M'Mbijjewe, Membre du Comité Monétaire de la Banque Centrale du Kenya
    • Pr. Turalay Kenç, Vice-Gouverneur de la Banque Centrale de Turquie
    • Karim El-Aynaoui, Directeur de la recherche et des relations internationales, Bank Al-Maghrib

            Modérateur : Alexandre Kateb, Directeur général de COMPETENCE FINANCE


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